Os olhos se
abriram lentamente. Não queria acordar, queria permanecer ali, deitada, no
aconchego do edredom ainda quentinho. Esticou os braços, alongando as costas e
bocejando muito. Pensou em levantar, mas preferiu permanecer no conforto
daquele calorzinho gostoso.
A claridade
entrava pelas frestas da porta e da janela, mas isso não a incomodava.
Continuou dormindo no aconchego do edredom, até que sentiu um sopro quente no
rosto. Mexeu na ponta do nariz, se remexeu e o sopro agora estava no pescoço.
Insistiu em continuar dormindo, não queria levantar, mas uma sensação morna e
úmida na nuca a despertou com um arrepio.
Lentamente,
se virou e, com olhos semicerrados, enxergou a figura a borrada em sua frente.
Mas havia algo de diferente, uma mancha vermelha. Piscou os olhos por vários
minutos e a imagem não se tornava nítida.
Quando,
enfim, se levantou, seu pés bateram em algo de metal. Assustada, logo seu sono
passou. Em alerta olhou ao redor e viu no que havia esbarrado. Uma bandeja de
metal, recheada com pão de queijo, bolo de milho (seu predileto), chocolate
quente, tortinha de chocolate e outra de queijo, e muitos bombons... e flores,
flores vermelhas e bem lindas!
Seus olhos
estavam embaçados e turvos, mas dessa vez eram lágrimas. Olhou pra cima e
identificou o borrão vermelho: uma rosa Scarlette, sua flor predileta. Henrique
segurava uma, com um sorriso lindo e aberto no rosto!
- Mas não é
meu aniversário, nem Dia dos Namorados!
- E quem
disse que só se presenteia quem ama nesses dias. Todo dia é dia de amar você!
OBS: O texto foi escrito por mim e é proibido seu uso ou cópia integral, ou de fragmentos, sem a autorização da autora. O mesmo vale para todo e qualquer conteúdo deste blog que seja de minha autoria. Sua cópia ou uso sem autorização é qualificado como plágio, sendo configurado como crime previsto no Código Penal. O infrator está sujeito as punições previstas no Art. 184 do Código Penal - Decreto Lei 2848/40
Kamila Mendes
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