Segurou
a varinha feita com madeira de um antigo carvalho celta. Manejou-a de
um lado para ou outro, sentindo seu peso e encaixe em sua mão. Dizem
que a varinha escolhe seu mestre, seria diferente com ele?
Admirando
a forma um tanto angulosa e cheia de grânulos ao longo de 30
centímetro de madeira, percebeu que se encaixava perfeitamente em sua
mão. A cor escura, um tom de grafite profundo, como se a arvore
tivesse sido queimada antes que a varinha fosse esculpida, completava
seu ser. Se assemelhava tanto com seu humor sombrio e irreverente,
com mudanças bruscas e frequentes.
Sentiu
uma eletricidade correr por seu braço, um movimento bruscos , e as
palavras macias, lentamente fluíram pela sua faringe, escorregaram na
língua, bateram nos dentes e jorraram da boca “Avada
Kedavra”. Um jorro de luz branca foi
lançado da ponta da varinha e atingiu o peito de seu agressor!
Caído
no chão, com uma expressão de choque estampava o rosto, choque,
pavor e surpresa, estava o menino que transformara sua vida num
inverno. Dedicara seus dias à atormentar, xingar e bater, agora era
vítima do próprio ódio que ajudou a brotar no coração de uma
vítima inocente.
A
varinha era a única testemunha do evento, uma testemunha
silenciosa!
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Kamila Mendes
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