Com o alcoolismo do pai, perderam tudo. A infância do menino
fora regada a viagens para o campo nas férias de inferno e semanas na praia, durante as férias
de verão. Crescera em meio a latidos dos cães que cuidavam no canil. Aprendera
desde cedo a valorizar a vida. E agora assistia a miserável infância de Vitor e
lutava pra que as lembranças de infância do irmão pudessem ser no minimo agradáveis.
Toda essa hhistória, todo esse peso escondido em um simples
olhar, mascarado por um simples sorriso. Miguel entendia a dor de Melissa.
Alisando as cicatrizes, sabia muito bem o que se passava ali. Estranho perceber
como era fácil estar ao lado dela. Estranho perceber que a menina entendia sua
dor sem que precisasse dizer uma palavra.
Sorriu. Miguel queria mostrar algo pra ela. Algo que ela
iria gostar. Tantas pessoas alertaram sobre a má influência dele, mas desde que
o conheceu havia encontrado alguém em quem confiar. Ele dissera que não havia
mais sentido em sua dor. Furiosa a menina tentou fugir. Medo, angustia, raiva.
Raiva por achar aquele estranho tão atraente. Raiva por perceber como era fácil
não lembrar de Paulo na presença do rapaz.
Ainda sorrindo ele observava a incrível batalha interna de
Melissa. ‘Promete não mais se machucar, que eu te mostro algo que vai te fazer
sorri’. Uma proposta simples, até patética, porém perigosa. Mas Melissa há
muito desistira de sentir medo, ou de deixar que ele a dominasse. Então, seguiu
atrás dele. Ela aceitara o desafio.
OBS: O texto foi escrito por mim e é proibido seu uso ou cópia integral, ou de fragmentos, sem a autorização da autora. O mesmo vale para todo e qualquer conteúdo deste blog que seja de minha autoria. Sua cópia ou uso sem autorização é qualificado como plágio, sendo configurado como crime previsto no Código Penal. O infrator está sujeito as punições previstas no Art. 184 do Código Penal - Decreto Lei 2848/40.
Kamila Mendes
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