Ah, essa dor tão familiar e odiosa. Não entendo porque insiste em me assombrar!é a soma de todos meus pesadelos num só e a dor explode no peito, mas antes pulsa por minhas veias, irriga músculos e órgãos e vasa...escorre, sem, no entanto, me abandonar!
Essa triste presença preenche pouco a pouco o lugar onde só havia certeza e alegria. Onde? Quando me deixei contaminar?
Chega a ser complicado pensar, mas pensar é o único resquício de vida que me resta, a não ser o sonhar...
E sonhar tem se tornado difícil ultimamente...
Fechou abruptamente o
pequeno caderno de capa de couro vermelho e escondeu embaixo do
travesseiro. Jogou todo seu peso na cama e puxou o cobertor. Desligou
o abajur minutos antes da porta se abrir. De olhos fechados ouviu o
ranger do piso de madeira sob o peso dos pés. Sua cama afundou de um
lado e sentiu um toque molhado e suave sobre sua testa.
A porta foi fechada com
um suave clique da maçaneta. Sem nem perceber, pegou no sono logo
após o beijo materno. Dormiu profundamente. Quem sabe o sono e os
sonhos poderiam curar tanta dor? Ressoou baixinho e, ao menos durante
a noite, a dor lhe deixou!
OBS: O texto foi escrito por mim e é proibido seu uso ou cópia integral, ou de fragmentos, sem a autorização da autora. O mesmo vale para todo e qualquer conteúdo deste blog que seja de minha autoria. Sua cópia ou uso sem autorização é qualificado como plágio, sendo configurado como crime previsto no Código Penal. O infrator está sujeito as punições previstas no Art. 184 do Código Penal - Decreto Lei 2848/40
Kamila Mendes
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