E o vento suave batendo em seu rosto? Você já sorriu apenas em senti-lo, ou apenas reclamou de estar bagunçando o penteado que demorou um tempão para ficar pronto?
Você se sente contente quando, no seu aniversário, alguém manda um sms, ou lhe dar uma caneta da sua cor predileta? Ou só fica ruminando o fato de não ter recebido o Iphone 5 que tanto esperava?
O ser humano perdeu a capacidade de se encantar. A vida se tornou frívola e fútil Já não há mais o brilho nos olhos apenas ao ouvir o nome da pessoa. Agora é preciso listar a quantidade de beijos dados na balada de sábado! Um jovem fica feliz ao comprar o mais novo IPad do mercado, apenas pra ficar insatisfeito amanhã, quando um IPad mais avançado for lançado.
Brennan Manning descreve em seu livro, O Evangelho Maltrapilho, como os monges descreveram as águias ao vê-las no céu. Eles diziam ter visto Deus voando, planando e cantando. Era a coisa mais linda que haviam visto. Se um garoto ouve um pássaro cantando tem logo vontade de atirar uma pedra pra espantar o “o bicho barulhento”.
O assombro, o encanto são raros hoje em dia. Somente as almas puras conseguem se assombrar (se encantar) com um raio rasgando o céu e se permitem se alegrar ao ver uma coisa tão bela. O mais comum é ver um pais explicando a origem científica ao seu filho, ao invés de ensinar-lhe a grandeza daquilo que acabou de ver.
Reduzimos as maravilhas à tecnologia e novidades instantâneas. Em contra partida, nossos dias se tornaram monótonos exigindo cada vez mais novidades!
Ah, se pudéssemos nos alegrar ao contemplar as formigas carregando folhas, ou sorrir ao ver um gato brincando com um saco plástico. Ah, se simplificássemos mais ao invés de complicar... A vida seria encantadora!
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Kamila Mendes
Marcadores: Reflexões