Comecei a escrever, porque percebi que havia muitos mundos
dentro de um só. Alguns já foram infinitamente explorados, sendo praticamente
impossível garimpar algo novo. Outros estão a espera de exploradores, tal qual
a América a espera de Colombo.
Não são paginas em branco. Suas linhas já foram escritas,
seus personagens, delineados, mas você escolhe o rumo da história. Colombo
escolheu explorar até o limite. Você pode colher pequenas rosas ou tropeçar em
pedras, fica a seu critério.
Eu, porém, escolhi plantar e colher. Planto sementes de
contos e poesia, para, mais tarde, colher estórias mágicas e cheias de energia.
É complicado criar um mundo novo. Mas você pode fazê-lo.
Tenho um desafio aparentemente impossível: criar um mundo só meu. Então,
milhões de ideias, relativas a mundos já existentes, vem até mim. Descarto-as
uma a uma, quando percebo que não passam de um mero plágio de algo existente e
contundente.
Não pretendo ficar à sombra de ninguém. Não. Posso criar
mundos novos, ou promover excursões a mundos tão inexplorados que chegam a ser
selvagens e venenosos.
Procuro por inspiração em pétalas, areia, ou gotas de chuva.
Mas geralmente ela vem, assim, do nada, com uma leitura confusa e, por vezes,
agradável. Mas são assim que os mundos se formam. As dimensões criam formas e
cores. Seres mágicos, misteriosos surgem de fossos cavados dentro de mim.
Amores bonitos, calmos e plácidos, transitam de um mundo a outro, tentando
encontrar um repouso.
Assim é minha mente: uma torrente em expansão. Contínua
chuva de ideias. Intermitente fluxo de paixões e desamores. Apenas um rio em
contínuo fluxo e volume de sentimentos confusos que geram mundos difusos,
dentro do porão do meu ser.
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Kamila Mendes
Marcadores: Reflexões