Não escrevo nada que não possa visualizar. Nada que, em minha mente, não possa se transformar em um filme, ou em uma história vívida e plausível, pelo menos para mentes muito criativas.
Escrevo pelo prazer de ver meus heróis e vilões ganhando vida. Quero que outros os vejam lutar, sonhar, realizar como os vejo. Desejo que os amem e odeiem como eu. Vejo as nuvens se formando, o crepúsculo dos dias ganhando vida e enchendo os céus. Descrevo a lágrima que rola pelo rosto de minha heroína ou o sorriso maquiavélico de meu antipático herói.
Os conheço porque eles possuem porções do meu ser. Eles vivem em mim. Minha imaginação viaja em suas histórias de vida e emprega um destino bem intrigante. Algumas histórias se desenrolam apenas diante de mim. São tão rápidas que nem tenho tempo de colocá-las em palavras. Outras, tão densas que tenho medo de escrevê-las. Medo de dar vida a horrores que se formam, mas acho que o medo vem da crítica, vem daqueles que dizem que o mundo já é um lugar negro, então, pra quê descrever mais tristeza?
Bom, alguns contos nascem e morrem tristes. Outros são thrillers de ação incessante (a esses ainda não consegui dar vida, pois são rápidos como flash...falta palavras para descrevê-los). Existem os de terror, os sobrenaturais, de criaturas como vampiros e lobisomens...por quê ainda não so coloquei no “papel?” Porque, infelizmente, ainda tenho medo de críticas. Mas quem não tem?
Por enquanto, vou rascunhando, criando, desenvolvendo com graça até encontrar um estilo próprio e definido e, sim, pretendo dar vida esses contos mais sombrios e densos. Eles fazem parte de mim, afinal. E vou continuar imaginando, independente de criticas, por mais cruéis que elas sejam, afinal, o dom das palavras e imaginação foi dado a mim e não a você. Aquilo que sei que devo escrever, escrevo, ou guardo para depois. Aquilo que sinto claro em meu coração que não deve ganhar vida, eu calo e engulo. E vou continuar por aqui, sim, pois essas são minhas histórias.
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