Bobagem é querer crescer quando se tem um mundo aos seus pés! É estranho, mas quando somos crianças o mundo está diante de nós e nunca queremos nada, a não ser nosso ursinho predileto, ou nossa boneca mais bonita. Isso é muito legal, porque com eles construímos mundos inteiros, cidades, reinos e a cada dia uma aventura nova é vivida e vamos dormir felizes, sabendo que nosso amiguinho está conosco e nossa chupeta está.

A tristeza veio e tornou o coração miúdo. Não sei ao certo por que, apenas sei que veio do nada, como uma onda suave que foi ganhando velocidade e força e agora ameaça destruir barreiras de contenção antigas. Pensei que pudesse passar por isso ilesa. Mas a perda foi grande demais para ignorar a dor. 

Eu posso dizer que meu mundo perdeu uma estrela. No momento em que mais precisei, o Pastor Junior esteve comigo para me dizer gentilmente o quanto eu era burra e eu nunca ri tanto em minha vida! E meu mundo brilhou! Hoje, e só agora, depois de ter recebido a notícia de seu falecimento há algumas horas, é que consigo derramar as primeiras lágrimas.

O último local existente em Nárnia e o primeiro a existir. Todos sonhamos em poder ver o País de Aslan, o lugar de repouso do grande Leão. Mas todos esquecemos que somente um foi para tal lugar. Em todas as sete crônicas somente um ser conheceu o País de Aslan. Somente uma criatura teve permissão de Aslan para entrar em sua morada: Ripchip, o mais corajoso narniano que já houve.

Desejava proteção! Ansiava por proteção. Por todos os caminhos tortos que seguiu, buscava apenas um lar para chamar de seu. A proteção e o abrigo que nunca encontrou abaixo do teto familiar.