sábado, 28 de abril de 2012

Um pequeno conto! (Parte II)

Já faz uma semana que você está em Nárnia, que você chegou àquela terra maravilhosa!! A cada manhã você precisa se beliscar só para saber que de fato você não está sonhando. Há tanta coisa para aprender e você percebe que é quase uma raridade os momentos que vocês passam juntos, aprendendo um pouco mais sobre o outro. E todas as manhãs o primeiro pensamento que lhe vem à cabeça é: “Ai meu Deus, sou noiva do Rei Caspian X e isso significa futura rainha de Nárnia, mas até lá tem tanta coisa para aprender. Meu Deus eu consigo?”

Você tem uma espécie de ritual que a ajuda a saber que de fato isso não é um sonho: assim que se levanta e, antes de pensar em fazer qualquer coisa, você anda até a sacada da janela de seu quarto e admira a mais bela visão que uma mulher pode ter:

quinta-feira, 26 de abril de 2012

Um pequeno conto!


Hoje o dia foi terrível. Gritos desnecessários, seus colegas estressados brigando. Sua cabeça estourando e o gosto amargo da frustração preenche sua boca e acaba com seu paladar.

Você chega em casa, cansada do trabalho, escola ou faculdade. Toma um banho, almoça e fica pensando como seria bom se contos de fadas acontecessem. Você divaga sobre a possibilidade de príncipes encantados existirem e se decepciona, pois na sua vida só apareceram sapos e declara:

"- Não, contos de fadas não existem!"

Vai até o sofá liga a TV e decide fazer um brigadeiro de panela. Seus cabelos estão soltos sobre os ombros e ainda molhados. Você está usando aquela camiseta velha de flanela e um short jeans velho, desbotado e rasgado e aquele chinelo de dedo gasto enquanto mexe seu brigadeiro, ainda sonhando com um príncipe. Ninguém merece!

domingo, 22 de abril de 2012

Momentos de nostalgia


- Marcos, o que você está fazendo?

- Nada, mãe, nada!

Com essa resposta, Marcos voltou sua atenção para a tela do computador. Sem perceber limpou uma lágrima cristalina. Essa foi apenas a primeira. Tantas outras desceram, enquanto rolava a barra de seu e-mail.

Nas pequenas gotas salgadas vinham descritos tantos momentos, tantas emoções. Uma pareceu doer ao escorrer pelo seu rosto. Carinhosamente, Marcos limpou essa gota de emoção. Deixou com que ela se aconchegasse na ponta de seu dedo e a admirou. Admirou tantas alegrias e tristezas reunidas em um único momento. Viu como ela assumia as formas de seu dedos e se moldava aquele momento.

Sentiu falta dela. O coração apertou, a garganta se fechou. Mordeu os lábios e chorou baixinho. Como tantas outras vezes fizeram. Mudou de página, ainda não estava preparado para relembrar cada momento, cada segundo apenas com a saudade de quem sabe que o tempo já curou a ferida. Ainda era cedo, ainda queimava, ainda doía.

quinta-feira, 19 de abril de 2012

Gosto não se discute

Comecei meu dia ouvindo One Direction, sim, sou fã dos caras. Sim, eu curto pop. E sim, gosto de boy bands, mesmo sabendo que são bandas fabricadas com meninos de rostinhos bonitos com o único objetivo de vender música e revistas. Sim, eu gosto. E, caso você não saiba, toda banda depois que passa para uma grande gravadora lança somente as músicas aprovadas por seus empresários e que estejam de acordo com o interesse da empresa. Sim, todas as bandas acabam se prostituindo, se é que este termo pode ser usado para definir essa atitude.

Pois bem, estava eu cá com meus botões pensando sobre o que escrever quando comentei de duas músicas do 1D com uma amiga. E observei um fato interessante. As duas músicas em questão (Moments e Taken) são diferentes de outras músicas do mesmo gênero. Não que sejam a inovação musical, ou que vão revolucionar o mundo da música. Não, não acho isso e tão pouco concordo em comparar os meninos com os Beatles.

Beatlemania de volta?


O que há em comum entre as bandas é única e exclusivamente o fato de serem composta por cinco rapazes e por serem britânicos. Só e ponto. Liam Payne, Zayn Malik, Niall Horan, Harry Styles e Louis Tomlinsom, causam frenesi por onde passam? Sim, causam. Mas isso é tão comum ao tipo de banda e gênero musical a que pertencem que não chega a ser surpresa nenhuma. Boy band é sinônimo de histeria coletiva. Mas compara a beatlemania é loucura, ou jogo de marketing.


terça-feira, 17 de abril de 2012

O que você pensa ao meu respeito não define quem sou


Não sou superficial

Se você for olhar além da superfície, existe muito mais em mim do que aqueles que se julgam íntimos conseguem ver. Pessoas há quilômetros de distância, separadas de mim por cidades, estados e vidas completamente diferentes me conhecem melhor do que aqueles que vivem ao meu lado.

Bizarro, não é?! Não, não é. As pessoas que moram longe procuram me conhecer, saber minha opinião. Saber o porquê eu escrevo, ao invés de simplesmente saber que escrevo. Procuram saber por que é importante emitir minha opinião e elas sabem minha opinião. As de perto apenas julgam que eu tenha uma opinião rasa e simples.

segunda-feira, 16 de abril de 2012

O que é isso?



Que dor é essa?
Que afoga meu ser com em um turbilhão de ondas que não me permitem buscar ar na superfície
Que sensação estranha e desconhecida, que vem do fundo da alma sem encontrar repouso ou anestesia?
Porque o coração dispara e procura sair do peito quando deve se calar e continuar?!
Que insatisfação é essa de te ter e não poder te tocar?!
Que raiva que surge borbulhando do mais profundo abismo que existe em meu ser, que quer gritar o mais alto que puder?
Como, apesar de tudo, ela ainda está aqui?!

sábado, 14 de abril de 2012

Batalha final


O dia estava vermelho, corpos espalhados pelo chão e o cheiro de sangue e terra se misturavam em uma harmonia sinistra. Podia ver ao longo do campo, pequenos pontos de fumaça subiam ao céu anunciando o fim de mais uma batalha. Até quando?

Lágrimas desciam pelo meu rosto. Cansada, arrasada, deixei-me cair sobre um joelho. Abaixei meus olhos e mirei uma pequena poça de água que se formava com a fina chuva que começa a cair. Ali eu vi um rosto que já não me pertencia. Meus cabelos escuros trançados caindo sobre uma armadura negra. Negra como o mais profundo abismo. Meus olhos, injetados de ódio. Não aqueles não eram meus olhos. Aquela não sou eu.

Mas era meu rosto refletido ali. Em cada centímetro, deturpado pela ondulação da água, eu vi... vi as marcas de centenas de batalhas. Internas e externas. Vi meu passado e presente. Mas não vi futuro.

Onde estava aquele rosto suave com sorriso fácil? Onde estavam aqueles cabelos lisos, negros e macios? O que acontecera comigo? Meu DEUS, O QUE ACONTECEU?

OBS: Prologo do livro que estou escrevendo. Pretendo publicá-lo, então, haverão poucas postagens sobre ele!

segunda-feira, 9 de abril de 2012

Calafrio - Os Lobos de Mercy Falls - Livro 1 - Maggie Stiefvater


Era talvez o dia mais frio do ano quando Grace fora arrastada do seu balanço. Faminto, o lobo a arrastara até o interior da floresta onde começou a mastigar sua carne. Não demorou até que outros se juntassem. A menina não gritava, não se movia. Em choque apenas olhava os focinhos sujos de sangue até que um dos animais se aproximou o suficiente para que pudessem ver seus olhos. Imersa na dor, Grace fixou os grandes olhos amarelos e não se lembrou de mais nada.

É com essa lembrança que a adolescente Grace vive todos os dias. Ao contrário de qualquer outra vítima de ataque animal, a jovem nunca temeu a floresta, ou os lobos. Pelo contrário, seu fascínio pelos animais cresceu em proporções assustadoras, a ponto de esperar pelo Natal ardentemente. Sim, Grace é um enigma da natureza.

Estranhamente, após o ataque na floresta, o lobo de olhos amarelos passou a observar a menina. A medida que crescia, Grace ansiava pela visita do lobo no inverno e passou a perceber que, a cada ano, via algo de extremamente humano naquele olhar animal.

domingo, 8 de abril de 2012

Olhos ruivos

Depois de um longo pesadelo, aprendi a olhar no espelho e apreciar o que vejo.
Não é tão fácil como parece. Na verdade é um esforço diário. mas quer saber?
Uma única frase me marcou:
"Me encanto com esses olhos ruivos".
Foi só o que restou de você em mim!

Degrau



 Por entre lágrimas, muitas vezes ela se perguntou porque aquela dor insistia em corroer seu peito. Porque as lágrimas caiam insistentemente e seu instinto de autoproteção estava tão abalado!

Deitava a noite e pensava nas frases e declarações de amor tão perfeitas. Quando a boca amada se calou e trocou palavras de amor e afeto por sorrisos hipócritas e de escárnio? Quando a vida ficou de ponta a cabeça, a ponto de trocar a segurança do carinho amigo, pelo amor de um estranho? Quando os braços protetores se tornaram mãos violentas.

Atitudes matam e palavras cortam, mas ele não percebeu. Ele não quis perceber. Se escondeu por detrás de sorrisos falso e atenção afetada, deixando ela, outrora alvo de seu imenso amor, hoje apenas um leve e irritante passatempo, a derramar sua alma em um deserto onde não mais brotaria a flor do amor.

sábado, 7 de abril de 2012

Ponto de vista – Jogos Vorazes (Filme)


Antes de tudo, quero deixar claro que esta não é uma crítica oficial, ou uma resenha. É apenas a impressão que tive ao assistir o filme Jogos Vorazes com um olhar um pouco mais crítico que o da maioria. Não tenho a pretensão de influenciar ninguém, só de mostrar meu ponto de vista a cerca de uma obra que promete alavancar as bilheterias em suas continuações. Tão pouco cheguei a ler os livros. Logo, mais uma vez, deixo claro, não é uma crítica, não é resenha, ou sinopse. Apenas meu ponto de vista. Tendo dito isto, vamos aos trabalhos.

A história se passa 75 anos depois de os 13 distritos terem se rebelado contra a Capital numa forma de  se colocarem contra o forte sistema de controle exercido em Panem (o que restou dos Estados Unidos em um futuro distante). Após a rebelião, que resultou no extermínio do 13° distrito e em um regime ainda mais forte e brusco, foi instituído que cada distrito cederia dois jovens, um menino e uma menina, entre 12 a 18 anos, para participar dos Jogos Vorazes. Os jovens são chamados de tributos e devem lutar até a morte nesta competição.

segunda-feira, 2 de abril de 2012

Soneto do amigo





Soneto do amigo            

Enfim, depois de tanto erro passado
Tantas retaliações, tanto perigo
Eis que ressurge noutro o velho amigo
Nunca perdido, sempre reencontrado.

É bom sentá-lo novamente ao lado
Com olhos que contêm o olhar antigo
Sempre comigo um pouco atribulado
E como sempre singular comigo.

Um bicho igual a mim, simples e humano
Sabendo se mover e comover
E a disfarçar com o meu próprio engano.

O amigo: um ser que a vida não explica
Que só se vai ao ver outro nascer
E o espelho de minha alma multiplica...



By - Vinicius de Moraes