Continuo sendo a mesma. Continuo sendo eu. Com alguns
machucados a mais e com a certeza de que a estrada percorrida até aqui me
apresentou obstáculos cujos os esforços me ajudam hoje a entender que a apatia
não é resposta pra nada.
Ainda tenho a tendência de me esconder, mas a prendi que
fugir na hora certa não é covardia, é sinônimo de sabedoria e preservação. Preservar
meu eu, meus sonhos, minha vontade de lutar. Desisti de entender o outro. Quero
me entender e dar mais liberdade as minhas reações. Se não me quer por perto,
ok. É doloroso, é. Mas não vou morrer, tão pouco vou deixar de viver. Você fez
sua escolha e eu fiz a minha: continuar com um sorriso no rosto e a linda
lembrança de algo que se quebrou.
Continuo tendo medo de olhar pra dentro, mas as imersões e
confrontos próprios tem sido contínuos e tem me ajudado a permanecer. Esse tem
sido meu objetivo: permanecer. Tendo em vista a facilidade que tenho de
desistir, começo a lutar contra mim mesma e que luta árdua é essa. Lutar contra
meus sofismas, minhas percepções e romantismo tem me estruturado, destruído e
reerguido ao mesmo tempo.
Tenho a certeza que vou sair disso com mais feridas do que
teria se tivesse prestado um pouco mais de atenção, mas também vou sair mais
forte, tal qual o guerreiro inexperiente, entrei nessa guerra fraca e inocente.
Saio agora frágil, porém fortalecida. Sábia e não mais tola e crendo que em
nenhum momento estou só, pois consigo ver a fidelidade de Deus nas pequenas
coisas. Sei também que cada lágrima Ele enxugou. Não estou só.
Ainda sou a menina moleca com ares de mulher. Sonhadora e
romântica, realista e pessimista. Acredito desconfiando e planto meus pés no
chão quando eles tentam voar acima das nuvens, onde já não encontro ponto de
referência, lugar fácil pra me perder de mim mesma. Sou gentil e grosseira,
esperta, boba e tola. Inteligente e reconheço minha pequinês diante de alguns
assuntos. Se sou mulher aos olhos dos homens, objeto de uso, aos olhos de Deus
sou menina, princesa a ser guardada e protegida para que um príncipe apareça,
não para salvá-la, mas para governar ao lado dela, dando somente o valor e o
respeito que almeja.
Sou simples e complicada, gosto de conversar e ficar quieta.
Não sou extravagante e falante, sou calma e pacífica, guerreira e briguenta,
doce, dócil e manhosa. É sou assim mesmo: mulher que gosta de andar descalço e
brincar no balanço, menina que anda de salto alto e brinca de gente grande!
OBS: O texto foi escrito por mim e é proibido seu uso ou cópia integral, ou de fragmentos, sem a autorização da autora. O mesmo vale para todo e qualquer conteúdo deste blog que seja de minha autoria. Sua cópia ou uso sem autorização é qualificado como plágio, sendo configurado como crime previsto no Código Penal. O infrator está sujeito as punições previstas no Art. 184 do Código Penal - Decreto Lei 2848/40
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Kamila Mendes
Marcadores: Reflexões