sábado, 31 de março de 2012

Resenha de uma paixão


Bom, para quem me conhece, não é surpresa nenhuma ouvir falar que eu gosto, amo o ator britânico Ben Barnes. Por esse motivo, a postagem de hoje é só sobre o ator que faz com que meu coração pulse mais forte.

Ao contrário do que muitos imaginam, não comecei a ser fã do Ben logo a primeira vista. Esse é um relacionamento construído através dos anos, desde que assisti pela primeira vez As Crônicas de Nárnia – Príncipe Caspian (lembrando que sou uma grande fã de Nárnia e ACDN será alvo de uma postagem logo, logo).

Quando o vi interpretando meu tão amado príncipe Caspian, pensei: ‘Não, nada haver com o personagem. O que é esse cabelo preto e esse sotaque espanhol?’. Admito que desdenhei do ator. Mas toda vez que via, ouvia ou lia algo que fizesse referência ao Ben, lá estava eu, cada vez mais interessada nele.


Cavucando em busca de uma prova de que era um péssimo ator, passei a assistir os poucos filmes disponíveis no Brasil que contassem com a atuação do jovem britânico. Assisti Stardust, onde fez uma pontinha bem discreta, mas que seria sua estreia em um blockbuster, e confesso que fiquei admirada com a beleza dele.

Ben não nenhum Brad Pitt da vida, mas o que lhe falta de beleza ao estilo arrasa quarteirão lhe sobra em charme e simpatia. Dono de um olhar 43 que atrai mulheres de todas as idades e de um rosto que não revela sua real idade (sim, o rapaz, com carinha de adolescente de 19 anos, comemorou o 30° aniversário este ano), o jovem senhor Barnes conquista pelo olhar, pela voz grave e suave e pelo sorriso largo e contagiante.

Depois de Stardust, dei uma olhada mais cautelosa em Príncipe Caspian. Prestei atenção em detalhes como expressão facial, expressão corporal, entonação na voz e o motivo do bendito sotaque que tanto me incomodava (em tempo, o supracitado sotaque só aparece na versão legendada).


Meu estranhamento com um Caspian de cabelos e olhos escuros era devido ao fato de que o personagem criado por Lewis é loiro e tem olhos azuis. Com um olhar mais crítico percebi o motivo de tanta diferença. O diretor do filme, Andrew Adamson, queria mostrar a diferença entre o príncipe e os antigos reis e rainhas, os pevensies. O povo ao qual Caspian pertencia, os telmarinos, era estrangeiro. Os cabelos escuros e olhos escuros deram o toque mais duro e rígido que o povo telmarino exigia.

Uma vez encontrada a razão do meu desconforto, passei a admirar o trabalho de Barnes ao dar vida ao personagem. Ao invés de um futuro rei, Ben interpretou um príncipe inexperiente, que nunca teve oportunidade de aprender a governar e que, de repente, se viu a frente de uma guerra, liderando um povo que, até então, não o pertencia e nem o aceitava.

Assim como Barnes, fui de um extremo ao outro. Sai do mundo de fantasia apaixonante de Nárnia para procurar mais trabalhos cinematográficos do ator. Descobri, então, Dorian Gray. (espaço para pausa dramática) Não é o filme mais chocante, ou obscuro, ou ‘gótico’ que tenha visto, mas cumpre seu papel ao chocar com a interpretação de Bem. Para quem estava habituada a vê-lo com um rapaz bom, solicito, sem maldade inerente, a não ser aquela presente em uma criança mimada, na pele de Caspian, se choca ao conhecer Dorian.


Dorian é um jovem, que vive Inglaterra aristocrática e hedonista do século XIX. Dono de uma beleza impar, o rapaz atrai os olhares de todos e acaba vendendo a alma pela juventude e beleza eterna. Abusa de todos os vícios disponíveis na época e desfruta dos mais proibidos e exóticos prazeres. O filme não surpreende como a obra literária de Oscar Wilde, mas marca a notória capacidade de Barnes de viver extremos.

Da pureza e humildade de Caspian, Ben flutua de forma elegante para a vida de prazeres e orgias de Gray. A obra faz uma crítica mordaz a sociedade da época, mas o filme deixa a desejar nesse quesito e também no tom macabro do livro, mas não deixa de ser o trabalho mais sombrio do ator. Com uma interpretação suave, passamos a acreditar que, de fato, Ben é Dorian e que este tem muito a nos apresentar.

Saindo de Dorian me deparei com mais um personagem vivido em outro século. Dessa vez, Ben interpreta o jovem John Whittaker na Inglaterra dos anos 20. John é um jovem aristocrata que se casa com a americana Larita e a leva para conhecer seus pais. Mas um filme que remonta a um crítica a sociedade da época focada em bons casamentos e uma falsa moralidade, que escondido princípios éticos duvidosos. Mas dessa vez falo de uma comédia que traz novamente a parceria de Ben com Collin Firth, ator coadjuvante em Dorian Gray.

Mas a paixão se firmou quando vi novamente nas telas Caspian, no filme As Crônicas de Nárnia – A Viagem do Peregrino da Alvorada (VPA). Nesse vi um rei seguro de si, capaz de governar uma terra vasta com criaturas mitológicas e enfrentar gigantes ao Norte. Neste filme, me apaixonei de fato por Ben. Vi um homem mais maduro, o que se refletiu também na vida do ator e em suas escolhas de novos trabalhos. Barnes não só representou um homem em busca de novos desafios, ele também colocou na tela sua constante busca por papéis desafiantes.

Essa busca ficou clara no filme independente Locked in, em que interpreta um pai que sofre de alucinações com a filha em coma e sente o peso da culpa de tê-la colocado nessa situação. Em Killing Bono, vemos uma sátira a um personagem real em sua constante busca pela fama e reconhecimento. Outros trabalhos estão por vir, infelizmente sem data de estreia no Brasil, assim como Locked in e Killing Bono, mas pode apostar que enquanto houver filmes do Ben para ver, lá estarei eu, prestigiando o trabalho desse jovem ator britânico que me conquistou pelo talento, primeiro, e depois pela beleza.

Enfim, admiro o ator e o homem Ben Barnes. Sua atuação é sempre leve e suave, com tênues mudanças de humor do personagem. Ele não é aquele ator dito intenso, mas aquele que te convence de sua capacidade e do potencial dos personagens  ao longo do tempo e no decorrer do filme. Ben iniciou sua carreira no teatro, o que lhe rendeu esse estilo de interpretação convincente e marcante. De personagens épicos a demoníacos, de cômicos a honrados, Ben nos banqueteia com interpretações primorosas e delicadas. E ainda temos pelo menos dois filmes deste ator para estrear nas telonas em 2013: The Words e The Big Wedding. Vamos ficar de olho.

Por hoje é só!

15 comentários:

Evyy disse...

Super gostei!!
Foi sincera ao ponto de não ficar babando ovo pro Ben falando que ele é um super-mega-ator, mas colocou mt bem que potencial não falta ao menino.rs
O Ben sempre me surpreende com essa "falta de medo" de tentar o novo, o que é diferente pra ele(manejar uma espada, andar a cavalo, cantar..). E ele se esforça tanto que acaba fazendo isso mt bem, dando a impressão de que nasceu sabendo fazer isso.
A-D-O-R-E-I o texto,kami!! Queria saber manejar as palavras tão bem qnto vc. ^^
Mais uma vez tá de parabéns!!
Te adoru best talentosa!!rsrs
bjoks!

Helaine Albuquerque disse...

AMEEEEEI o texto!!! Está de parabéns!! É muito bom encontrar outras fãs que admiram o Ben pelo talento e pelo potencial dele, não só pelo "rostinho bonito". Ele definitivamente merece o nosso reconhecimento, e tenho certeza de que ele ainda vai nos surpreender muito! :)

Beijos!

Tsu disse...

Olá1
Adorei sua postagem sobre o Ben Barnes1 Acessei pelo twitter e vim correndo ver.
Concordo com o que vc disse sobre o Ben. Elep ode não ser uma excelente ator, mas está ganhando espaço e mostrando potencial. Espero que ele continue assim em filmes mais discretos e alternativos, onde ele pode agradar não a massa de mulheres e pessoas histéricas, mas sim o pessoal que realmente curte cinema.
E ele está tendo sorte. Afinal em Seventh Soon será dirigido poelo mesmo diretor do aclamado Mongol e em outro filme trabalhará ao lado de Susan Saradon e...Robert de Niro! Se ele se destacar pode vir á trabalhar em um filme de Scorcese! Tenho certeza disso.

Eu acho o Ben lindo. Há uma perfeição nos traços faciais, um olhar meigo e gentil mesmo ao interpretar Dorian Gray. Ele sempre será um tipo de príncipe perfeito na minha opinião. Sem falar que como pessoa ele me parece ser sensacional.

Ah estou te seguindo se puder me segue também. Gostaria de trocar idéias contigo.
bjs

Viviane Lira disse...

Vc arrasou falando de Ben. Na verdade ele é um ator e tanto. Além de sua beleza e tem um carisma que muitos atores de sua geração não tem. Parabens pelo seu comnetário.

Kamila Mendes disse...

Evyl, você sabe que eu babo muito pelo Ben, mas eu keria mostrar o motivo pelo qual amo esse homem!
Queria expressar os motivos e a profundidade...apesar de achar que podia ter falado mais!

Kamila Mendes disse...

Narnian Queen, fiquei realmente feliz ao ver seu comentário. Acho que por admirar seu site, pensei que talvez voc~e nunca fosse ver meu blog, ainda mais pq não é dedica única e exclusivamente ao Ben, mas vai ter bastante coisa sobre ele, por isso comecei falando de minha admiração!
Queria mostrar que ele é muito mais que um rosto bonito. Queria mostrar que tem muito talento ali esperando pr aparecer...Obrigada XD

Pâmela Rosa disse...

A-D-O-R-E-I!!! Muito interassante o enredo, tá de parabéns.

Kamila Mendes disse...

Oi Tsu, acompanho seu blog há um tempo...nã com frequência é vdd, mas dou olhadelas esporádicas!
Confesso que gosto de vê-lo em papéis desafiadores e trabalhando com pessoas renomadas...isso é sinal de aprendizado e reconhecimento!
Quanto a achá-lo um principe, bem, digamos que tenho a imagem de um vestido muito parecido com o da Susana e só estou esperando meu Caspian...quem sabe um dia viajo a Londres e por lá conheço um certo Benjamim...

Dri disse...

kamiii eu amei a reportagem do ben!
quando os filmes sairem no cinema, vc tem que fazer umas reportagens sobre eles, the seventh son principalmente!bjsss *-*

By Cris Farias disse...

mana que da hora hein...me segue tb no meu blog

By Cris Farias disse...

eii manaa que da hora arrazou....me segue no meu blog tb

By Cris Farias disse...

eii manaa que da hora arrazou....me segue no meu blog tb

RafaSR disse...

Concordo plenamente com você, Kami. Ben é o tipo de ator que supreende nos final do show, quando as cortinas se fecham, nos deparamos com uma feliz dúvida: Mas de onde ele veio? Com certeza nosso "pequeno Caspian" vai longe. Mas agora falando do artigo... Você é demais, nem preciso repetir, né? Parabéns mana" Agora pode escrever sobre o resto do elenco rsrsrsrsrs

Unknown disse...

Amei o texto Kamila! Super bem escrito! ;D

Kamila Mendes disse...

obrigada Jéssica *-*