Deitada de lado, quase em posição fetal, estava ciente dos braços em volta de sua cintura, das mãos pousadas sobre as suas. Sentia o aconchego relaxado que vinha junto com a respiração morna em seu pescoço.
Havia algo de pacífico ali. O único medo era o de acordar e tudo não passar de um sonho.
Sentia as pernas abraçando as suas e não sentia o peso. O ritmo morno da respiração foi se acalmando até chegar a um sussurrar gostoso de quem dorme seguro e relaxado. O torpor foi tomando conta e, embalada pelo ritmo calmante daquele coração tão querido, batendo em suas costas, deixou-se levar pelo sono.
Parecia que haviam nascido para aquele momento. Costela com costela. O ritmo da respiração em sincronia e apenas Deus como testemunha da pureza do momento.
Acordou e ele ainda estava ali. E agora, deitada na cama, não consegue dormir. Falta algo, falta alguém. Falta uma respiração morna, falta o aconchego do amor. Falta o abraço aconchegante e o sabor de dormir encachada nos braços dele, como duas colherinhas juntas, ou duas conchinhas grudadas. <3>3>
OBS: O texto foi escrito por mim e é proibido seu uso ou cópia integral, ou de fragmentos, sem a autorização da autora. O mesmo vale para todo e qualquer conteúdo deste blog que seja de minha autoria. Sua cópia ou uso sem autorização é qualificado como plágio, sendo configurado como crime previsto no Código Penal. O infrator está sujeito as punições previstas no Art. 184 do Código Penal - Decreto Lei 2848/40
Marcadores: CRÔNICAS