Duas mulheres conversando e eu ali, admirando. Uma com meia
idade, filhos crescidos e bem sucedida naquilo que faz. Ela é feliz, vejo isso
em seus olhos e em seu sorriso que nunca morre, mesmo em meio a dor. A outra,
uma senhora na casa dos setenta e poucos anos. A primeira vista é frágil e
quebradiça, mas quando abre a boca vê-se a força que a reveste em palavras
fortes e claras. A idade parece não exercer influência em sua mente.
Quero ser como elas. Vou trabalhar para isso. Olhando-as
ali, conversando, se divertindo, como se a adversidade da vida nada fosse, além
de uma mera formiga, vi o quão frágil e negativa sou!
Quero ser como elas. Quero ter a força em meus olhos e o
brilho das estrelas em meu sorriso. Que meus braços sejam fortes para acolher
aqueles que vierem atrás de ajuda ou de uma palavra de amor, que sejam
delicados para cuidar do homem que me ama.
Quero pés como o de corças, para saltar ligeira pelos montes
da dificuldade e pelos vales e deserto da dor e dúvida. Quero olhos de águia
para enxergar além da escuridão dos dias e ver brilhar a luz divina sobre mim.
Quero as asas da fé para voar além dos meus limites e chegar a lugares
inalcançáveis ao meu coração cético.
Quero um coração sincero disposto a amar cada vez mais.
Palavras doces para acalmar, cuidar e duras, com voz de veludo, para advertir e,
mesmo assim, ainda ser calma como as águas e amável como uma flor.
Quero amar meu Senhor de todo meu ser. Quero vê-lo brilhar
em mim e ter a certeza que faço o que está ao meu alcance. Quero um amor pra
vida toda que me admire pelo que sou...quero ser sua conselheira, auxiliadora,
amiga, amante, confidente. Quero filhos e uma canção de ninar ao luar.
Olhando aquelas mulheres, vejo, enfim, quem eu quero ser e
onde quero chegar!
OBS: O texto foi escrito por mim e é proibido seu uso ou cópia integral, ou de fragmentos, sem a autorização da autora. O mesmo vale para todo e qualquer conteúdo deste blog que seja de minha autoria. Sua cópia ou uso sem autorização é qualificado como plágio, sendo configurado como crime previsto no Código Penal. O infrator está sujeito as punições previstas no Art. 184 do Código Penal - Decreto Lei 2848/40
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Kamila Mendes
Marcadores: Poesia