quinta-feira, 28 de março de 2013

Verdes como o mar


Os olhos escureciam. Não conseguia respirar. Não podia sorver oxigênio. As águas poderosas da tristeza e dor me submergiam e já não havia esperança de voltar a superfície  O pouco de claridade que atravessava minha escuridão, permitiu que pudesse ver o céu.

domingo, 24 de março de 2013

Obrigada por ter me feito sofrer

Como é bom olhar pra você e não sentir nada. Olhar para trás e ver que, apesar de todo sofrimento, eu cresci e não preciso mais de você. Aliás, nem tenho certeza se um dia precisei. É engraçado pensar dessa forma, lembrando o quanto sofri em te perder. Hoje vejo que, na realidade, não te perdi. Afinal de contas, você nunca foi meu.

Há um novo horizonte em minha frente. Uma estrada nova com aventuras desconhecidas e sinto que não estou caminhando sozinha. Estou acompanhada. Meu Pai me sustenta nessa viajem e enviou um anjo para me acompanhar. Ao contrário do passado, hoje trilho novos caminhos e tenho com quem contar.

quarta-feira, 20 de março de 2013

Biscoito da Sorte


“As melhores coisas da vida vem quando estamos distraídos”

Ao ler essa frase, a vontade de Lídia era de gargalhar, segurou o riso, engoliu em seco a ironia que ameaçava escorrer de seus lábios e jogou fora o papel amassado. Maldito biscoito da sorte, não sei porque ainda me dou o trabalho de ler essas besteiras.

O dia não tinha começado nada bem. O chuveiro elétrico quebrara justo no dia mais frio do ano. A bateria descarregara a noite, impedindo-a de atender o telefonema da agência de emprego que tanto aguardava.  O cabelo desgrenhado, amassado era um reflexo de sua alma nos últimos dias.

Selinho - The Versalite Blogger Award


Regras:

Agradecer a pessoa que te enviou o selo, colocando um link para o seu blog.


Bom, eu agradeço a minha benática paulista, Evy, do blog Bosque da Leitura por ter me indicado nesse selinho fofo e por sempre me dar uma força aqui no Pingentes...bjos Evy :*

domingo, 17 de março de 2013

Fantasma de uma vida passada


Acabara de chegar em casa. Vinha feliz, repleta de motivos para sorrir. Até que alguém lhe disse “ele ligou”. Por um momento tentou se lembrar dele. Já fazia tanto tempo, não poderia ser a mesma pessoa. Mas suas dúvidas foram confirmadas: era ele...o fantasma de uma vida passada.

O conhecera sem expectativa, só mais um que via. Alguém com quem teria que trabalhar. Nem amizade fazia questão. Ele se aproximou sorrateiro e ganhou sua atenção. A princípio só mais uma possível amizade. Mas não era bem o que ele pretendia.

Um pequeno conto! (Parte XXII)

Você ainda estava sonolenta enquanto seu grifo guardião planava observando o campo de batalha lá em baixo, mas a perspectiva de assistir a Suzana sozinha em um campo de batalha a despertou. Não por inteiro, mas o suficiente para que quisesses se colocar lado a lado de sua salvadora.

“ – Vamos descer! Onde estão minha espada e adagas?! Vamos grifo, desça!”

sexta-feira, 15 de março de 2013

Uma dama suave e temperamental

E ela desce fininha em pingos delicados e transparentes, modificando a árida realidade do cotidiano tedioso. Desce em gostas frias e pequenas, refrescando e revelando sua beleza terna e gentil, mas, então, um vento forte vindo do norte sopra, mas parece gritar, com violência até agitar as nuvens, morada das gotas delicadas. O céu fica negro, as nuvens densas parecem não aguentar seu próprio peso e, então, sua estrutura gasosa se rompe em caos e destruição.

quarta-feira, 6 de março de 2013

Segunda-feira...o dia em que meu coração parou


Noite clara com céu estrelado, tão bela e plácida que chega a ser um insulto a minha dor. Minha alma abatida e trêmula se derrama diante de ti em palavras doídas, mas cheias de amor.

Tive que escolher, meu amor. Fui obrigada a fazê-lo. Mas sempre guardarei em meus sonhos o dia em que o conheci. Ei de viver cada instante como se fosse a primeira vez e jamais a última. Pois ao pensar em ti, não vejo um fim e sim um começo...um começo que jamais terei.

segunda-feira, 4 de março de 2013

Quem eu quero ser


Duas mulheres conversando e eu ali, admirando. Uma com meia idade, filhos crescidos e bem sucedida naquilo que faz. Ela é feliz, vejo isso em seus olhos e em seu sorriso que nunca morre, mesmo em meio a dor. A outra, uma senhora na casa dos setenta e poucos anos. A primeira vista é frágil e quebradiça, mas quando abre a boca vê-se a força que a reveste em palavras fortes e claras. A idade parece não exercer influência em sua mente.