segunda-feira, 30 de julho de 2012

Castelo de sonhos


Assistia pedra após pedra o castelo de sonhos desmoronar diante de si. As chamas lambiam a rocha nua e já enegrecidas pelo tempo. Nada podia fazer, a não ser chorar. As lagrimas desciam lavando de seu coração toda a esperança que nutrira desde o inicio. Sonhos se foram. Ilusões se perderam.

sexta-feira, 27 de julho de 2012

Quebrando o encanto

Olhando aquelas fotos, era estanho perceber, e até mesmo admitir, mas o encanto se fora. Não por completo, ainda havia vestigios que tiravam seu folego, mas já não havia o toldo de fantasia cobrindo seu coração e protegendo das interperies da vida.

Uma por uma, as fotos foram depositadas sobre a cama, em cima do lençol amassado. Lágrimas desciam vertigionosas e grossas, mas não era saudade que escorria de seus olhos. Era alívio. Uma sensação inerente a paz tomava conta de seu ser.

segunda-feira, 23 de julho de 2012

Sparks

Contou os cacos pelo chão. Eram infinitas porções daquilo que um dia fora. Trancou-se em si mesma na esperança de não ser machucada novamente. Mal percebeu que as causas das feridas estavam dentro de si.

Afundou no mais profundo e denso mar. Deixou-se levar. Tentou negar a existência das cicatrizes, mas elas mostram quão frágil e pequena é. Mostram quem de fato você é. Limpar as lágrimas e juntar os cacos faz parte da sua natureza. Se despedaça sempre que estende as mãos.

sexta-feira, 20 de julho de 2012

Conto de amizade

Sentei-me para admirar a chuva que caia. Para olhar as gotas que desciam fortes e estrondosas na terra, abrindo sulcos e fendo o solo seco.  O dia cinza e frio, tão reconfortante, simbólico e preciso, tão belo em sua solidão. 

quarta-feira, 18 de julho de 2012

Feira das vaidades

É difícil chegar a um local onde todos se conhecem. As pessoas já te olham atravessado esperam um deslize teu. Elas se protegem. Você se torna um párea. Mesmo com meses de convivência, as pessoas te observam aguardando apenas um erro. São como chacais, farejando ao seu redor, te olhando desconfiadamente, torcendo para estarem certos e quando, por fim, você erra, elas sorriem vitoriosas, pois sabiam desde o inicio que você erraria!

terça-feira, 17 de julho de 2012

Lamento

Sentada num canto escuro, encolhida, abraçando a si mesma. As lágrimas desciam como fontes desbravando o deserto de seu rosto. O peito arfava rapidamente no esforço de não tornar aquele momento em um espetáculo. 

Queria ficar só, precisava ficar só. Deveria ficar só.

domingo, 15 de julho de 2012

Bloqueio - O deserto em mim

Detesto olhar para você e te ver embranco. Não suporto olhar para mim e me ver cheia de palavras, versos, histórias,poesias e prosas imaginárias e não conseguir fluir através delas. Os dedos param a centimetros das teclas procurando dar formas e sentidos para algo que não está.

As mãos ficam suspensas no ar. O olhos ardem e a cabeça roda em busca de algo para contar, fantasiar, criar. Mas nada está no lugar. Nada faz sentido e o vazio persiste no espaço minino entre o teclado e meu coração.

sábado, 14 de julho de 2012

Um pequeno Conto (Parte XII)

“É um lindo pôr-do-Sol, mas eu não estou admirando o espetáculo da natureza. Estou montada em um alazão branco, usando um vestido vermelho com uma armadura por cima, com meu braço estendido as costas para alcançar Fúria das estrelas. O cheiro de sangue impregna o ar e minha espada canta uma canção de vingança e morte. Algo foi tirado de mim e eu vou ter de volta ou não serei mais rainha de Nárnia...”

terça-feira, 10 de julho de 2012

Queria poder ser perfeita!


Por mais q tente ser forte eu não sou. Então suas palavras me machucam sim. Sua indiferença sempre vai me bater mais forte que um tapa. Sua individualidade e vontade de ser servido sempre vão me esmagar contra a parede. Não é porque você sente dor que tem que provocar a dor em mim.

Esse teu sorriso

E por esse sorriso maroto que eu suspiro. Engulo em seco uma dor no peito. Levanto a cabeça e caminho segurando com jeito a vontade de te beijar e abraçar. É pelas ondas loiras acastanhadas que eu viajo e não tenho prazo pra voltar.

Me pego admirando seu sorriso e mergulhando em seu olhar. Desmaio de imaginar outra pessoa em meu lugar. Mas que lugar é esse que eu desconheço e nem sei como chegar? Me perco em detalhes que nunca antes pude observar. Me deito ao seu lado, em sonhos, e me deixo navegar.

quinta-feira, 5 de julho de 2012

Faço um acordo...comigo...contigo...com tudo


Tah na hora de andar sozinha. Garotas grandes não choram, já diz a música da Fergie, então esse nó na garganta vai sumir. Foi só um susto. Algo que já era esperado, só não achei que reagiria dessa forma. Mas dá um gostinho de vingança lembrar que a última vez que chorei de verdade foi ao ver um bebê que deveria ser meu... o engraçado da coisa é que ele não é seu... rsrsrs

Um Pequeno Conto (Parte XI)

“ – Uma carta, uma carta endereçada ao Rei de Nárnia, Caspian X, o Navegador!”

Há duas semanas essa frase ressoa em sua mente como se fosse um sino badalando, ou uma dor de cabeça incômoda que jamais passa. Caspian não quis lhe contar o teor do documento, mas pela agitação do exército você tem uma suave desconfiança, quase uma certeza de que a guerra está próxima. Mas mesmo em face de um conflito armado, você não consegue parar de admirar esse homem que consegue se desdobrar em dois para manter o reino em paz:

Você admira o rei que age e fala de forma a aquietar os ânimos do povo e admira igualmente, senão mais, o seu noivo que, diante de você, se porta de forma calma e equilibrada, ainda mantendo aquilo que mais lhe atrai, a leve pretensão, o orgulho iminente a um rei e o jeito simples de ser.

terça-feira, 3 de julho de 2012

Requiem para um Adeus

Tive medo de te perder e por isso resolvi sofrer. Sofri o que nem deveria ter aceitado. Indiferença e abandono matam o coração, ou causam feridas doloridas. Feridas que custam a cicatrizar. Nunca a marca some, fica a cicatriz latente, avermelhada como se ainda estivesse inflamada. Suportei suas indecisões e crises. Fiquei ao seu lado quando nem mesmo você se aceitou. Escrevi cartas, poemas e canções (imaginárias). Fiz de você meu herói.

domingo, 1 de julho de 2012

Enfim!


... E ele me abraçou, senti o mundo rodando até sumir. Fui invadida por uma ternura ingênua e uma vontade de jamais sair do lugar...o lugar ao qual pertenço.  Aconcheguei meu rosto em seu ombro. Senti minhas bochechas queimarem e arderem a medida que o sangue pulsava com mais força. Um sorriso foi se abrindo nos meus lábios. Escondi o rosto para que não visse a lágrima tola, pendente em meus cílios.